Um dos destinos mais visitados do mundo desde a antiguidade, sempre foi um desejo de muitos interessados em história, cultura e arte.
As viagens em grupo são uma grande proposta, mas não era um costume na Alis Mundi até então. No final de 2022 entrou como nossa meta iniciar uma saída em grupo para nossos clientes. Juntando ao fato de ser um destino com bom custo pela conversão do dólar e o sonho da mãe da minha mãe, Egito foi o escolhido. Emirates tinha os melhores voos e ir até Dubai e não conhecer, é um desperdício. Assim escolhemos nossos parceiros e iniciamos nossa jornada no período de 7 a 19 de outubro de 2023!
Dubai
Hoje podemos dizer que Dubai é a capital do mundo. Graças a malha aérea e a posição geográfica, Dubai é meio de caminho para todos os continentes. Cosmopolita, moderna, muito rica e cheia de belezas, é propícia para uma viagem curta e para fracionar viagens longas.
Esperava encontrar prédios altos, modernos, muitos carros sofisticados, shoppings e o deserto, mas fui surpreendida com uma cidade muito segura, acolhedora ao turista e uma cultura mulçumana mais presente que eu imaginava.
O país tem pouca história, mas muito conteúdo. Antes uma vila de pescadores, faz 50 anos que foi descoberto o petróleo e Dubai passou a ser construída como conhecemos. O marco foi em 2008 a Emirates iniciar os voos internacionais.
Nossa viagem foi entre 7 e 10 de outubro de 2023 e estávamos em 5 pessoas.
Temperatura em Dubai: Faz muito calor em Dubai. No verão entre maio e setembro chega à sensação térmica de 60º. Entre outubro e abril é considerada a alta temporada, mas ainda assim a temperatura sempre acima dos 35º. Se fora do ar-condicionado no sol do meio dia, a sensação é de abrir a porta do forno e ficar com o rosto em frente. É muito calor mesmo. A umidade torna a sensação de estufa mais forte. Como há pouca área verde, existe bastante poluição com areia do deserto, o ar é bem seco.
Dica: levar soro para lavagem nasal.
Voo e Aeroporto Dubai:
A Emirates é reconhecidamente e premiada diversas vezes como uma das melhores companhias aéreas do mundo. Aeronave usada é o A380 com 2 andares, um para primeira classe e executiva e outro para econômica e econômica premium.
Duração do voo Guarulhos / Dubai é de 14:30 horas. Bastante tempo! Mas o espaço dos assentos regulares da econômica tem cerca de 10cm a mais que qualquer outra classe econômica. São servidas 3 refeições de ótima qualidade. Os banheiros são grandes e bem limpos. O entretenimento em diversos idiomas ajuda as horas a passarem. Escrevo para vocês a bordo, com notebook aberto sem me sentir totalmente esmagada. É possível caminhar no fundo do avião para esticar as pernas um pouco.
Chegada em Dubai parece o aeroporto do futuro. Enorme, com pilares e decoração impactante. O Duty Free é separado por assuntos: relógios, óculos, perfumes e em várias lojas diferentes. Ao desembarcar, passamos pelo controle dos passaportes que carimbam nosso visto de entrada e entregam um chip 5G com 1GB cortesia.
Para quem fará apenas o pernoite por não haver conexões mais curtas, a Emirates oferece hospedagem e transporte para um hotel deles próximo ao metrô. O serviço chama Dubai Connect e tem algumas regras. Consulte nossos consultores para saber se terá direito ao serviço. Esse serviço deve ser solicitado antes da viagem.
Na ida, tivemos o dissabor das nossas malas não chegarem. A Emirates ofereceu um kit com pijama, escova de dentes, pasta e uma camiseta polo para necessidades imediatas. Antes das 24h do atraso, eles entregaram as malas no hotel. Isso tem acontecido com certa frequência. Sempre tenha uma bagagem de mão com roupas para pelo menos 3 dias de viagem e não despache remédios nem objetos de valor.
Hospedagem: MERCURE SUITES AND APARTMENTS BARSHA HEIGHTS
Excelente 4* com apartamentos enormes, ideal para famílias árabes com muitos filhos. Nosso quarto tinha uma sala e um dormitório com cama casal.
O café da manhã excelente, mas muito lotado. O hotel tem mais de mil apartamentos, logo, aos domingos é cheio de famílias.
Possui piscina, espaço kids, spa, um mercadinho, lojas de roupas e academia.
Não está próximo de atrações turísticas a distâncias andando, mas está há alguns passos da entrada do metrô na linha que leva as atrações como Museu do Futuro, Dubai Mall, Burj Khalifa, Sky View e Frame. O metrô em Dubai custa apenas US$ 1,00.
Passeios para 2 dias inteiros:
O voo da Emirates sai de Guarulhos 1:36 e chega 22:55. Com isso primeiro dia é perdido. Como Dubai tem fuso de 7 horas em relação ao Brasil, é uma boa chance para tentar ajustar o sono.
Dia 1:
Compramos antecipadamente pela internet o ingresso para o Museu do Futuro. Super concorrido, é recomendável comprar já com horário agendado embora seja uma fila padrão.
Saímos do nosso hotel 10h, percorremos 8 estações entre a Dubai Interent City e a e Emirates Towers Metro, já dentro do museu. Andar por dentro dos metrôs e passarelas é fundamental.
A construção do museu por si só já é a maior atração. Essa esfera metálica com escritas em árabe desafia a engenharia de ali dentro funcionar um museu.
São 4 andares. Subimos pelo elevador e cada andar terá uma proposta de reflexão. O primeiro é um convite futurista do espaço vendo a terra para além da atmosfera. No segundo, iremos ver como seria a cidade em fevereiro de 2071, com a tecnologia, carros voadores, mas também desmatamento e colapso ambiental. Uma sala lindíssima que simula a preservação genética das espécie irá refletir as extinções. O próximo andar é sobre a saúde mental a necessidade de descanso e relaxamento. Por fim, um andar com objetos já em prática modernas como robôs, construções com impressoras 3D, carros autoguiados e artigos industriais modernos. Tem ainda um espaço kids e uma loja. A visita dura cerca de 1:30h.
Saímos de lá, almoçamos do outro lado da avenida num restaurante de comida árabe, indiana e internacional chamado Arabeska Szar Restaurant, ao lado do Tower Hotel Dubai. Custo de EAD 55,00 para comida a vontade, bebidas a parte.
Às 15h contratamos um motorista privativo para o grupo e fomos para o Safari no Deserto. A bordo de um 4×4, fizemos a aventura nas dunas com o 4×4. Muito divertido e com lindas paisagens. Paramos para andar de camelo, tomar café árabe e comer tâmaras, fazer tatuagens de hena e assistir ao belíssimo por do sol. 19h inicia o jantar buffet com comidas típicas e um show com dança do ventre, devirshes coloridos e show de malabares. Voltamos ao hotel por volta das 21h.
Dia 2:
Às 9:00 nosso guia e motorista nos buscaram para um City Tour privativo por Dubai.
Perto do hotel estão as Palms Jumeirah, a construção sobre o mar de condomínios, hotéis e restaurantes que se tornou marca da cidade. Dali ao fundo vemos o Burj Al Arab, único hotel 7* do mundo. Visitamos o Souk Madinat Jumeirah, similar ao souk do centro antigo, mas muito mais sofisticado e com produtos de alta qualidade. Seguimos para Mesquita Farouk, uma das mais tradicionais e que exige entrada apenas com trajes típicos. Muito bonita construção e tivemos uma aula sobre a religião mulçumana e seus pilares.
Em seguida, fomos ao mercado de especiarias e mercado do ouro, os antigos Souk Deira. Ali começou Dubai com venda de pérolas pelos pescadores nativos, desde 1822. Ali encontramos tâmaras, temperos, incensos, perfumes, roupas, pachminas, pratarias e louças e joias. Tem inclusive a loja famosa do Youssef, um iraniano apaixonado peplo Brasil que fala português e faz muitas piadas com os turistas. Ótimos preços e produtos. Ali, como é costume nos países árabes, tem que pechinchar.
Por fim, nosso guia nos deixou no Sky View, onde também já havia comprado o ingresso com escorredor de vidro. Subimos até o andar 53 e de lá descemos com vista de vidro para o Burj Khalifa. Essa é uma dica importante: é possível subir o Burj Khalifa, o maior prédio do mundo. Mas para quem preza mais pela vista que pela altura, o The View é a melhor opção pela linda paisagem de lá.
De dentro do Sky View entramos no Dubai Mall, o maior shopping do Mundo. Nele tem além de todas as famosas lojas de marcas, a maior pista de patinação indoor e o maior aquário do mundo. Mesmo para quem não compra ingresso do aquário, pelo lado de fora do shopping é possível ver. Do piso térreo, às 18h começa o show das fontes do Burj Khalifa.
Dica: reserva um dos restaurantes do piso GL para estar sentado ali na hora que o show começar. Nossa escolha foi o restaurante ZouZou, comida árabe e libanesa, muito gostoso e com preço bom. Ao lado fica a tradicional loja de doces turcos Haci Ismail Hakkizade Hafiz Mustafa de 1864. Nele também dá para tomar um café assistindo ao show.
Acabou não dando tempo porque pegamos transito, mas programando para sair cedo, valeria ir ao Miracle Garden. Aberto somente entre outubro e março, é lindíssimo durante a noite para ver flores e plantas misturado com luzes coloridas. Tem inclusive um avião coberto de flores.
Seguimos no dia seguinte para nosso principal destino: o Egito.
Egito
Aqui nos reunimos ao grupo maior, somado todos em 16 pessoas.
O Egito é a civilização mãe, a mais antiga com registros de civilização. Há dados de vida nas cavernas cerca de 38 mil anos. Mas registro de sociedade organizada data de 5 mil anos antes de cristo. São mais de 7 mil anos de história. Muita coisa perdida, mas muita conservada. Eles construíram um patrimônio para ser eterno, entre mumificações, construções monumentais e uso da natureza a seu favor.
Nosso roteiro passa pelos pontos mais importantes da história dos templos. É possível explorar mais como Alexandria, o Mar Vermelho e outras áreas do deserto, mas nosso programa era de 7 noites e bem corrido.
Ficamos no Egito entre 10 e 18 de outubro de 2023.
Temperatura: o Egito tem duas estações bem definidas, o verão e inverno. O verão vai de maio a setembro com calor de até 45ºC e o inverno as temperaturas baixam bem, chega a 8º a noite. Entre outubro e novembro e março e abril são os meses mais amenos. Faz calor, mas sem ser insuportável. O ar é muito árido e seco, o que faz necessário cuidados com trato respiratório. Em janeiro é tempo de chuvas.
Voo e aeroportos:
Nosso voo até o Cairo foi com a Emirates, mas é possível voar com quase todas cias. dos Emirados, Turquia e Europa. Tem agora também um voo direto fretado pela EgyptAir. Algumas saídas deram certo, mas ainda são datas a cada 15 dias para ir ou voltar. Dentro do Egito entre Cairo e Aswan e Luxor e Cairo fomos de Egyptair.
O aeroporto do Cairo é bem confuso e caótico. Graças ao suporte maravilhoso que tivemos do nosso receptivo, a coisas foram mais fáceis, mas é muito lotado e mal organizado. Vale sempre chegar com bastante antecedência, até porque sempre passa por muitos controles de raio x e detectores de metais.
Hospedagens:
No Egito, nós só vendemos categorias prata, ouro ou diamante. Infelizmente não é seguro vender categorias 3* ou turística por questões de segurança e higiene.
Nossos passageiros ficaram nos hotéis Sheraton Nile e no Grand Nile, ambos com vista para o rio e perfil 5*. Foram ótimas opções para quartos, vista e gastronomia.
No Nilo, a dificuldade com os barcos é maior. São mais de 5 mil barcos e temos os luxo como Movenpick e Oberoi, com custo alto. Os demais, variam menos entre eles. Optamos pela melhor categoria dentro da ouro e ficamos no Jamila, mas ainda assim podemos dizer que era um 4* simples. Janelas grandes, vista bonita, comida razoável, quartos confortáveis em tamanho e reformados, com carpetes não muito bem conservados. Importante alinhar a expectativa que ou será nos barcos de luxo, ou se for nos demais, não esperar algo tão novo e moderno.
Dicas importantes:
– O dinheiro é a Libra Egípcia, muito desvalorizada. US$ 1,00 = EGP 30,00. Porém, maioria das coisas turísticas são dolarizadas. Então, não se engane com isso. Nos lugares menos turísticos é possível ver a vantagem do dinheiro. Nos mercados e monumentos não é seguro usar cartões, maioria só aceita notas. Nos restaurantes, lojas e hotéis é tranquilo usar cartão.
– Não compre passeios nem use taxis na hora, sem conhecer. Eles falam um preço e para sair do carro, cobram outro. Conte com nossos parceiros para fazer um passeios muito mais seguros.
– Cuidado com a água e comida na rua. Muitos turistas acabam tendo episódios de diarreia e vômito por conta disso. Eu fui uma dessas premiadas. Leve na bagagem o máximo de remédios para crises gástricas e respiratórias, de antibióticos a soro. Não é fácil conseguir farmácias ou assistências médicas seguras.
– Embora seja tudo bem caótico, não é um país que dê medo de assalto, como no Brasil. O medo é de ser enganado por ser turista. Quando você demonstra firmeza e segurança em recusar o assédio, logo eles desistem.
– A ideia é fazer fuso asiático! Maioria dos passeios saem entre 2h e 5h da madrugada, com algumas tardes livres. Se desprenda da ideia de madrugada e durma cedo, para dar conta das atividades na manhã seguinte.
Dia 1:
Parte do nosso grupo chegou uma noite antes. Aproveitamos o primeiro dia para iniciar os passeios mais tarde, 11h e fomos ao Museu das Civilizações, o mais novo e que abriga 22 múmias. Aquele que recebeu uma cerimônia da transferência das múmias em 2021. Ele tem um acervo pequeno mas que conta a história do país desde o tempo pré-histórico até o mais recente, com suas dominações e dinastias. Na sala do subsolo é possível ver as múmias de Hatshepsut, vários Ramses, inclusive o mais famoso Ramses II, Nefertari e outros.
No período da tarde, fomos ao mercado Khan el Khalili. Ali sentamos numa cafeteria que tem mais de 200 anos e fomos muito assediados para compras de lembranças, decorações e roupas. Esse mercado existe a mais de mil anos, sempre foi o ponto central de comércio Egípcio, mas hoje na área turística é escolher entre produtos chineses ou realmente produtos originais do país. Os árabes dominam a arte da negociação, então nada tem preço fixo e tudo tem que negociar demais, o que torna um pouco chato. Então vá decidido no que quer e ciente do quanto topa pagar, para não ser enganado por eles.
À noite, juntamos uma parte do grupo para fazer o jantar no Nilo em um barco temático. Bem turístico com comidas típicas, músicas alegres e apresentações. Vale a pena para quem gosta desse tipo de experiência.
Dia 2:
O grande dia de Cairo!
Visitamos Menphis, Saqqara, as Pirâmides de Gizé e a Esfinge.
Menphis foi a antiga capital do Cairo. É uma parada simples que tem a estátua de Ramsés na sala central, uma pequena esfinge da Hatshepsut e algumas outras peças.
Logo depois chegamos a Saqqara. Essa região ficou famosa recentemente por terem sido encontrados vários túmulos, em fase de escavação. Ficou famosa no documentário da Netflix. Além das escavações é possível visitar alguns túmulos e a Pirâmide Escalonada, a mais antiga do Egito. Nela é possível visitar a parte interna de maneira bem confortável.
Em seguida, paramos para almoçar e visitar a fábrica de Papiros. Também para turística, mas é um lindíssimo presente e lembrança do Egito.
A tarde fomos as famosas Pirâmides de Queops, Quefren , Miquerinos. São eles e suas famílias, somando um total de 9 pirâmides. A maior, Queops, é possível entrar com taxa. Um passeio sufocante de calor e claustrofobia. Embora seja impressionante o tamanho, a dimensão e a história, é um lugar para ficar muito esperto. Há diversos “malandros” que tentam te enganar dizendo que são funcionários e depois exigem subornos. Eles pedem seu celular para tirar fotos, para devolver o celular, tem que pagar. Ou te levam para lugares longes e não ensinam o caminho de volta. Então fique em lugar visível ao seu guia e não entre nessa conversa. Também é possível fazer o passeio de camelo pelas pirâmides. Inesquecível para quem faz.
Terminamos a visita com a Esfinge. Ela é a guardiã das pirâmides. Um dos monumentos mais impressionantes do Egito. É possível que ela exista a mais de 10 mil anos.
De volta ao nosso hotel, dormir cedo que o dia começa cedo.
Dia 3:
Acordamos 2h da madrugada para ir ao aeroporto e pegar o voo das 5:05 até Aswan. Direto do aeroporto já fizemos nossa primeira visita ao Templo de Philae, dedicado a deusa Isis. Pegamos uma lancha até as margens do templo e fizemos a visita. Lindíssimo templo para começar a viagem.
Seguimos ao cruzeiro, fizemos nosso check-in, almoçamos e a tarde fomos a Vila Nubia. Esse passeio opcional te leva a uma civilização não egípcia dentro do Egito. É nesse momento que terá a opção de entrar e mergulhar no Nilo. Eles possuem vocabulário, alfabeto e costumes próprios. Visitamos as casas coloridas, tivemos aula de núbio e árabe em uma escola.
Nosso guia nos surpreendeu com uma experiência inusitada: em uma espécie de mobilette de 3 rodas, fomos numa caçamba até um mirante com vista para barragem de Aswan e o rio Nilo. Vista lindíssima do por do sol. O caminho até lá foi pela comunidade Nubia. Um passeio nada turístico, mas cheio de sentido e alma para quem quer realmente entrar no olhar da cultura local. Jantar no barco para próxima visita na madrugada.
Dia 4:
Contratamos o tour opcional para Abu Simbel. Esse passeio é o mais distante, quase fronteira com o Sudão. Saímos 3h da manhã e percorremos 3h até chegar ao templo a tempo do nascer do sol. Para mim, foi sem dúvida o templo mais bonito e impactante. Feito por Ramsés II para ele e sua esposa Nefertari, são estátuas com 135 metros de altura, só de lábio tem 1 metro. Dentro parece cena de filme de tão grandioso. Impressionante. Chegar com as luzes acesas e escuro e aos poucos ver o sol nascer e iluminar diretamente a frente do templo, foi um momento inesquecível. Vale a distância da visita.
A tarde visitamos o templo no por do sol fomos ao templo Kom Ombo, dedicados aos deuses Sobek (deus crocodilo) e Hórus. A beleza está na posição alta do templo e na quantidade de histórias nas paredes escritas com nas pinturas.
A noite tivemos nossa festa árabe. Estávamos bem cansados, mas é gostoso para vestir roupas típicas e ouvir músicas locais.
Dia 5:
Primeira visita ainda 5h foi ao templo de Edfu, dedicado a Hórus. Esse passeio foi o menos interessante da viagem toda, tanto que as pessoas que estavam mais cansadas ou doentes aproveitaram para dormir. Edfu é extremamente caótico, desorganizado e lotado. Muito cheio mesmo. Todos os barcos visitam ao mesmo tempo o templo. Se tiver um passeio para tirar, na minha opinião, seria esse. A chegada até o templo ou é de charrete ou tuk tuk e raramente uma van caindo aos pedaços.
A tarde ficamos a bordo até para fazer a travessia pela eclusa de Esna. Aquele movimento de subir e descer os barcos com o alagamento. Muito interessante. Enquanto esperamos, os comerciantes vem em seus barquinhos vender produtos pela janela do barco. É engraçado esse tipo de comércio na janela do quarto.
Chegamos no fim do dia a Luxor, a cidade mais turística do Egito. O templo dos templos mais bonitos, sem dúvidas. Ali tem monumentos faraônicos de 1500 a.c como greco romanos de 300 a.c a 300 d.c. Logo na entrada vemos um obelisco sozinho. O normal é sempre ter dois obeliscos, mas o par desse é o que está na Praça da Concórdia em Paris. Foi trocado por um relógio que está no Cairo, mas que nunca funcionou. Lindíssimo ver esse templo com as luzes acesas, repleto de momentos e histórias.
Dia 6:
Acordamos novamente 5h para um dia bem intenso.
Antes do sol nascer já estávamos visitando o templo de Hatshepsut em Luxor. Essa faraó foi a primeira feminista do Egito. Governou durante 22 anos e ditou regras seguidas por milênios. Poderosa e influente, era muito respeitada no mundo antigo. O templo é imponente mas menor. A soma perfeita é dele ver os balões subirem para sobrevoar o vale dos reis e rainhas ao nascer do sol.
Fizemos o balão do vale dos reis e rainhas. Que experiência é o balão. Suave, tranquilo e de visual apaixonante. De lá vemos as margens do Nilo verde e cheia de plantações de milho e cana, ao lado do deserto árido e construções nas pedras. Vemos o Nilo desenhar a cidade e os templos todos espalhados. Imperdível.
De lá, corremos ao Vale dos Reis para ir principalmente a tumba do famoso Tutancamôn, ou Tut Ankh Amon. O rei jovem que morreu aos 19 anos é hoje um dos mais famosos por ter sido a última tumba descoberta em 1922 praticamente intacta. No tempo dos faraós, assim que eles assumiam o cargo começavam a construir seus túmulos que demorava cerca de 20 anos. Os túmulos eram chamados de casa para sempre. Porém, como ele morreu jovem, seu templo não estava pronto e ele usou um templo de pessoa menos conhecida. Graças a isso, não foi saqueado por ladrões e exploradores até ser encontrado pelos arqueólogos. Em Luxor fica apenas a múmia e o sarcófago no local original. A máscara de ouro, a tumba de ouro de 110kg, as jóias e urnas estão no Museu do Cairo. Conhecemos ainda outra tumba mas o sol para as filas castigava os turistas.
Última parada feita as pressas antes de seguir para o aeroporto, foi o templo de Karnak. Esse era para ter sido visitado no dia anterior, mas devido a demora das passagens dos barcos na eclusa, não deu tempo. Karnak é um templo museu com muitos monumentos faraônicos, greco romano e até cristãos. É possível ver afrescos da igreja católica montada ali. É também conhecido por ter o escaravelho da sorte, onde as pessoas dão 7 voltas fazendo um pedido de prosperidade.
Às 15:30 voamos de Luxor para o Cairo e tivemos nosso jantar de despedida num restaurante maravilhoso no centro da cidade. Primeira e única comida realmente saborosa típica egípcia no restaurante Felfela. Foi uma surpresa da nossa agência para o grupo, nosso agradecimento por confiarem uma viagem tão especial a nós.
Dia 7:
Nosso último dia no Cairo será no centro histórico. Visitamos a Cidadela de Saladino e a Mesquita de Mohammed Ali. Aqui já a presença forte dos mulçumanos na cultura local. A mesquita tem uma linda arquitetura e um vista para o Cairo. Tivemos novamente a oportunidade de aprender mais sobre a religião e os valores. Mohammed Ali é para eles um grande líder político e religioso que transformou o Egito, e ali estão seus restos mortais.
Seguimos para o Museu do Cairo. São mais de 2 mil peças no acervo. O museu está antigo e mal cuidado, não tem ar condicionado. Boa parte das peças começarão a ser transferidas para o GEM, novo museu que era previsto para 2021 e segue prestes a ser inaugurado. A grande visita é as jóias, urnas e máscara de Tutankamon.
Próxima parada, Mc Donalds! Rs. Todos do grupo desejavam comer algo familiar após tantos dias de comida típica e foi uma boa pedida.
Seguimos para o bairro Copta, o bairro cristão ortodoxo. A linda igreja de São Jorge com seu dragão seguida da igreja de São Sergio. Nela está a caverna que abrigou a família Sagrada por cerca de 3 meses após o nascimento de Jesus, fugindo das perseguições. Tem ali ainda a tina do banho e registros da arquitetura original. Muito emocionante.
Última parada para quem não foi, novamente o mercado Khan el Khalili.
Nos despedidos do Nilo com um jantar do próprio hotel.
Dia 8:
Começamos nossa volta para casa com pernoite em Dubai. A viagem é longa e cansativa, por isso muito importante essa parada estratégica. Nessa volta usamos o Dubai Connect. A Emirates oferece o transfer, jantar, hospedagem e o café da manhã. Escrevo a bordo do longuíssimo voo de 14 hortas de retorno. Assim o tempo passa e registramos essa experiência incrível.
Notas finais:
Tivemos um agravante: viajamos exatamente na semana que aconteceram os ataques do Hamas em Israel e deu início novamente a guerra entre os dois países. O Egito faz fronteira com Israel e isso criou uma grande tensão. Na prática, nada afetou a viagem, apenas a apreensão se teria algum reflexo no espaço aéreo e caso o Egito abrisse as fronteiras para transferência humanitária, acontecer algum tipo de ataque. Mas passamos sem problemas por isso e sem reflexos na programação.
Dubai é uma cidade impressionante. Parece que tudo funciona e até o que se vê, parece ter saído de uma simulação 3D de tão perfeito. Muita riqueza, ostentação e segurança. Ideal para shoppings, restaurantes e hotelaria. Porém, não há uma história nem cultura tão profunda. Tem a relação de dominação e admiração ao Sheikh e tudo que ele proporciona, a cultura mulçumana para os nativos, mas como há muito trabalho estrangeiro, 90% da população, tudo se mistura. Não é profundo, por isso poucos dias são suficientes. Tendo tempo para ir a Abu Dhabi e fazer a mesquita, Louvre e Ferrari, vale a pena.
Sobre o Egito, como destino, não é uma viagem fácil. Todos os passageiros do grupo tinham algo em comum: o sonho de conhecer o Egito, e isso é fundamental para que ela seja incrível.
É distante, cansativa pelo ritmo de visitas na madrugada, caminhadas, sol e calor, e pela condição do Egito em relação a pobreza e falta de estrutura. É um país de terceiro mundo com o nosso, mas com problemas milenares de corrupção e guerras. O contraste da grandiosidade dos templos com beleza, riqueza e imponência contrasta com casas antigas e mal cuidadas. Ainda assim, o número de turistas dos 4 cantos do mundo impressionava. Eram grupos de chineses, japoneses, filipinos, africanos, italianos, alemães, canadenses, americanos, argentinos e muitos brasileiros. Esses foram os que chegamos a conversar, mas muitos outros grupos por lá. As pessoas são encantadas por milênios de história, arte e cultura e isso justifica todo restante. É uma imersão a uma realidade do mundo árabe e da antiguidade que não se tem em outros lugares. Você precisa se desprender da sua condição de turista a ser agradado para ser um observador da história viva.
Não tem como sair do Egito igual. A cada fim de visita pairava o silêncio da assimilação. Demos a sorte de ser um grupo extremamente generoso e preocupados uns com os outros para proteger dos vendedores assediadores, partilhar medicações e discutir os conceitos históricos explicados pelo guia com os conhecimentos prévios de outras viagens ou livros.
Como socióloga e como agente de viagens, posso garantir que foi um dos momentos mais importantes da minha carreira até aqui. Primeiro grupo da Alis Mundi Viagens sob meus cuidados e para um destino tão profundo. Mas foi pessoalmente um momento inesquecível, afinal, pude realizar o sonho da minha mãe em conhecer o Egito.
As viagens são isso, memórias afetivas. E é isso que nos move em trabalhar com amor e dedicação. Obrigada a todos os envolvidos para que esse projeto fosse possível.
Carinhosamente,
Aline de Carvalho
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.